terça-feira, 14 de julho de 2015



Não há confusão, é a mesma Língua de sempre, não há traição nenhuma, é pesadelo infundado ou preguiça mental por parte de quem está contra o AO.
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Não é preciso estar de acordo com o Acordo.É que...
A ortografia não é a Língua. Sempre a Língua (oral) ANTECEDEU a Língua ESCRITA. ESTA veio DEPOIS. Primeiro aprendemos a falar e, DEPOIS, aprendemos a escrever. ANTES da e SEM ortografia JÁ há Língua. Os analfabetos não sabem escrever (=grafia), não escrevem, MAS usam a Língua: FALAM SEM (ORTO)GRAFIA. A Língua dos povos nasceu naturalmente; aprendemos naturalmente a falar. A Língua oral É ORAL, NÃO É gráfica, é Língua; e, sem escrita e/ou ortografia, os povos comunicaram sempre. EXACTAMENTE PORQUE a Língua não é a ortografia.E, ASSIM, A ortografia não é a Língua
A (orto)grafia é “FABRICADA” pelos falantes – é artificial, NÃO É NATURAL aos falantes, é ARBITRÁRIA; segundo as suas conveniências (nem sempre universalmente admitidas), os falantes “FABRICAMsinais gráficos para REPRESENTAR a Língua falada; estes transformam-se conformes aos tempos e às diversas realidades históricas. A grafia chinesa não é a grega, esta é a nossa, e por aí fora. Não sei como se (orto)grafa “filosofia” em sânscrito; a “filosofia” será sempre “filosofia” quer se ortografe com “f” quer com “ph” quer em sinais gráficos do sânscrito: o “constitucional” e/ou o “inconstitucional”, em termos linguístico-GRÁFICOS (salvo opinião contrária devidamente argumentada) não tem valimento. A ortografia não é a Língua e a Língua não é a ortografia.
Porque a ortografia não é a língua "a língua não se muda por decreto": o Acordo ortográfico NÃO MUDOU a língua; NÃO HÁ "novo Português". Só há outra (e reduzidíssima)GRAFIA.A Língua não é beliscada.
GRAVE, grave é a ausência de protesto contra os erros de sintaxe que por aí proliferam, o uso errado, fonética e morfologicamente,da primeira pessoa do plural do presente do conjuntivo, o uso errado do verbo “haver” na terceira pessoa do plural, o desaparecimento da segunda pessoa do plural nas formas verbais, a ausência (ou ignorância) do relativo “cujo”,o abusado emprego, a torto e a direito, do “de que”, e por aí fora! [Já agora, o sinal GRÁFICO (=acento agudo) das proparoxÍtonas NÃO foi abolido, N Ã O foi abolido . A ignorância continua a destruir os Humanos].
Ou preguiça mental para o ler ou aplicar?
Há tantos infelizes donos da Língua?
Não esquecer: este AO ““apenas afeta a grafia da escrita e não interfere de modo nenhum nem nas diferenças orais, nem nas variações gramaticais ou lexicais”.”

Não há confusão, é a mesma Língua de sempre, não há traição nenhuma, é pesadelo infundado ou preguiça mental por parte de quem está contra o AO.







Que ofensa à palavra “resistente” tão válida nos tempos da Resistência ao Nazismo!
1-   “da forma que considera correcta e que mais respeita a nossa língua: que autoridade académica tem a D. Clara para se assumir como a detentora da FORMA correcta da Língua? Já lhe disseram que ela não é dona da Língua Portuguesa? (Não é FORMA – é ortoGRAFIA)
2-   “que mais respeita a nossa língua”:  que autoridade linguístico-literária tem a D. Clara para se assumir como guardiã do respeito pela Língua? D.Clara é o atual Camões? ou é uma reencarnação falsa de Fernando Pessoa (que escrevia “PHilosoPHia, sphyngico, Comprase, fecundála,” et coetera - Compulse os textos originais).
3-   Pode “resistir”, não siga o AO. Não aduza, porém, argumentos esfarrapados e inanes.


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