Não há confusão, é a
mesma Língua de sempre, não há traição nenhuma, é pesadelo infundado ou
preguiça mental por parte de quem está contra o AO.
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Não
é preciso estar de acordo com o Acordo.É que...
A
ortografia não é a Língua. Sempre a Língua (oral) ANTECEDEU a Língua ESCRITA. ESTA veio DEPOIS. Primeiro aprendemos a
falar e, DEPOIS, aprendemos a escrever. ANTES da e SEM ortografia JÁ há Língua.
Os analfabetos não sabem escrever (=grafia), não escrevem, MAS usam a Língua: FALAM SEM (ORTO)GRAFIA. A Língua dos povos nasceu
naturalmente; aprendemos naturalmente a falar. A Língua oral É ORAL, NÃO É gráfica, é Língua; e, sem escrita e/ou
ortografia, os povos comunicaram sempre. EXACTAMENTE PORQUE a Língua não é a ortografia.E, ASSIM,
A ortografia não é a Língua
A
(orto)grafia é “FABRICADA” pelos falantes – é artificial,
NÃO É NATURAL aos falantes, é ARBITRÁRIA; segundo as suas conveniências (nem sempre
universalmente admitidas), os falantes “FABRICAM” sinais
gráficos
para REPRESENTAR a Língua falada; estes transformam-se conformes aos tempos e às
diversas realidades históricas. A grafia chinesa não é a grega, esta é a nossa,
e por aí fora. Não sei como se (orto)grafa “filosofia” em sânscrito; a
“filosofia” será sempre “filosofia” quer se ortografe com “f” quer com “ph”
quer em sinais gráficos do sânscrito: o
“constitucional” e/ou o “inconstitucional”, em termos linguístico-GRÁFICOS (salvo opinião contrária devidamente argumentada) não tem valimento. A ortografia não é a Língua
e a Língua não é a ortografia.
Porque
a ortografia não é a língua "a língua não se muda por decreto": o Acordo ortográfico NÃO MUDOU
a língua; NÃO
HÁ
"novo Português". Só há outra (e reduzidíssima)GRAFIA.A Língua
não é beliscada.
GRAVE, grave é a ausência de protesto contra os erros de sintaxe
que por aí proliferam, o uso errado, fonética e morfologicamente,da
primeira pessoa do plural do presente do conjuntivo, o uso errado do verbo “haver”
na terceira pessoa do plural, o desaparecimento da segunda pessoa do plural nas
formas verbais, a ausência (ou ignorância) do relativo “cujo”,o abusado
emprego, a torto e a direito, do “de que”, e por aí fora! [Já
agora, o sinal GRÁFICO (=acento agudo) das proparoxÍtonas NÃO foi abolido, N Ã O foi abolido . A
ignorância continua a destruir os Humanos].
Ou
preguiça mental para o ler ou aplicar?
Há
tantos infelizes donos da Língua?
Não esquecer: este AO ““apenas afeta a grafia da escrita e
não interfere de modo nenhum nem nas diferenças orais, nem nas variações
gramaticais ou lexicais”.”
Não há confusão, é a
mesma Língua de sempre, não há traição nenhuma, é pesadelo infundado ou
preguiça mental por parte de quem está contra o AO.
Que ofensa à palavra
“resistente” tão válida nos tempos da Resistência ao Nazismo!
1- “da forma que considera correcta e que
mais respeita a nossa língua: que autoridade académica tem a D. Clara para se
assumir como a detentora da FORMA correcta da Língua? Já lhe disseram que ela
não é dona da Língua Portuguesa? (Não é FORMA – é ortoGRAFIA)
2- “que mais respeita a nossa língua”: que autoridade linguístico-literária tem a D.
Clara para se assumir como guardiã do respeito pela Língua? D.Clara é o atual
Camões? ou é uma reencarnação falsa de Fernando Pessoa (que escrevia “PHilosoPHia,
sphyngico, Comprase, fecundála,” et coetera -
Compulse os textos originais).
3- Pode “resistir”, não siga o AO. Não
aduza, porém, argumentos esfarrapados e inanes.